10 abril, 2008

Pocket 'choro'

madruagada a dentro
um corpo só
um espírito nú
coração bate seco
olhos lacrimejam sangue
sangue este que outrora corria nas veias
e agora percorre curvas sinuosas deste pensamento torto.
banhado a ouro.
que frita os miolos e mata a fome de que se tem.
o soro que pinga seca ao vento
que entra calado pela janela
e mostra um céu avermelhado
rubro e tenso como a mão que escreve a cena no escuro.
a dor que pulsa no peito febril vara a madrugada.
e essa mesma mão, cansada,
esquece as linhas
esquece o tom
esquece a rima.
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renatinha, escreve as 01:16H desta madrugada sem fim / 10/04

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