A música em comunhão com corpo e alma

Mais de quatro mil pessoas assistiram ontem um belíssimo espetáculo de dança clássica. A apresentação do corpo de Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro deixou muita gente boquiaberta. A cada passo, cada gesto, cada sorriso dos bailarinos, o público se alegrava. Foi a minha estréia como espectadora, tanto do balé quanto do maior festival de dança do país. E dizem que a primeira vez a gente nunca esquece.

Como toda boa jornalista, para não ficar a esmo no evento, eu pesquisei o que seria o tão famoso Lago dos Cisnes, e pude acompanhar cada ato com os olhos de quem sabe, não só com olhos de quem vê. O show a parte ficou para o bobo da corte, representado pelo bailarino Cícero Gomes. Ele foi ovacionado com 'pressão'. Ele saltava, saltava, e o público aplaudia.

O espetáculo se resumia a movimentos precisos, sincronia dos passos entre os dançarinos, glamour das vestimentas e, claro, leveza dos corpos. Eles pareciam flutuar sob o palco iluminado, ao ritmo retumbante da sinfonia. Aquela música que acompanhava os movimentos, não necessariamente nesta ordem, fazia com que eu não tirasse um minuto se quer os olhos do palco.

O mais interessante nisso tudo é que foi só o começo, de um belo festival. Hoje começam as mostras competitivas com balé clássico, dança contemporânea e danças populares. Essa competição acontece na arena do Centreventos Cau Hansen, no centro da cidade de Joinville. E por falar em cidade, ela inteira dança junto com o festival. São mais de 15 palcos abertos espalhados por toda Joinville. Além de promover cultura e entretenimento, o festival é democrático, porque chega onde menos se espera.

Amanhã tem mais festival aqui, no Conta Outra. Tchau!