21 julho, 2008

Re_viver

Ontem a babá eletrônica, junto com a revista eletrônica do domingão, nosso queridinho Fantástico, fez a apresentação da versão policial da morte de Isabella Nardoni. Alguém ainda se lembra? Claro que sim.
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E foi de lembrar, ou de tanto lembrar, que perdi o sono essa noite. Pensando nas milhares de famílias que perdem seus filhos todos os dias, seja com fatalidades mentais como da Isabella, seja de acidentes de trânsito, seja de bala perdida na coqueluxe do turismo brasileiro, ou de bala direcionada no caso do João Roberto. Ou então da mão de bandidos mais que cruéis, como de João Hélio.
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Existem também as famílias que perdem seus filhos nos leitos de hospitais, como as mortes do Pará. As que perdem para o crime organizado nas favelas, ou para as drogas ilícitas [se é que existe a lícita]. As famílias que perdem seus filhos por falta de diálogo franco, por excesso de regalias, pelos mimos ou pela falta deles.
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Perdi o sono pensando na morte. Mas não na morte do corpo, e sim na morte das instituições. Que deveriam estar mais vivas do que nunca dentro e fora de nós. Todos nós. Quem sabe, se começarmos um movimento hoje, nossos netos revertam esse quadro. Eu ainda tenho esperança, por mais remota que pareça. Ainda vale acreditar que tudo isso tem jeito. Não podemos cruzar os braços e dar de ombros por ai, repetindo a utopia de que isso não é problema meu. É sim, o mundo é um pedaço de cada um de nós.
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Prezervemo-nos!

2 comentários:

Anônimo disse...

Não perca o sono pensando nisso, não. É gastar energia à toa. Aproveite enquanto está viva!

Pri disse...

A morte das instituições com certeza é de tirar o sono, pois a consequencia é esta que estamos vendo e vivendo hj..Desesperadora!!Não podemos ficar apenas olhando as coisas acontecerem, ou como vc disse, fechar os olhos e fingir que não é problema nosso. É um problema de todos. Todos precisam tentar buscar soluções e ajudar de alguma forma..