Quando as coisas parecem estar se acertando na política, na polícia, vem um fato e pumba, dilacera minhas esperanças. Estou falando do caso Álvaro Lins.
Resuminho rápido: O ex-chefe de Polícia Civil do Rio é acusado de formação de quadrilha armada, lavagem de dinheiro, facilitação de contrabando e corrupção passiva, ah e rolo com caça-níqueis. Na terça-feira, 12, ele foi cassado pela Assembléia Legislativa do Rio. E na sexta-feira, 15, foi decretada sua prisão.
A gente entende, de verdade, que se uma pessoa tem a prisão decretada e some, desaparece do mapa, é considerada foragida. Mas não é exatamente o caso de Lins, que, segundo seu advogado, está sob cuidados médicos em uma clínica no Rio, com sintomas de depressão, e que só vai se apresentar à Polícia Federal quando obtiver alta.
Agora vocês têm idéia do que a PF está fazendo neste momento, que não procurando em qual clínica Lins está internado? Eu vos digo que, a PF está aguardando o TRF liberar a divulgação do nome de Lins na lista de mais procurados da Interpol - Organização Internacional de Polícia Criminal.
A gente sabe que se a polícia encontrar Álvaro Lins, não poderá prendê-lo. O figurão deve se apresentar à polícia por livre e espontânea "vontade". Mas isso não impede a PF de encontrá-lo e, digamos, conduzi-lo até a sede para que se cumpra a ordem de prisão. Segue o cara, vigia o cara, e não o deixem fugir.
Agora, se a PF quiser dar um gás nas operações, como de costume, deixem fugir, arrumem um nome feio para mais uma das operações, e pronto.
Eu até sugiro um. Operação Tauba de tiro ao Álvaro.
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