07 abril, 2008

A mosca azul

Certo dia, um pássaro cor de rosa foi até a janela da mocinha e sussurrou-lhe aos ouvidos: -bella Isa, estamos te esperando, você não vem? E ela, tão logo se aprontou, vestindo suas delicadas luvas brancas e carregando a tira colo o seu lindo chapéu vermelho. Que lhe caíra tão bem como o manto branco de Maria.
E foi seguindo seu caminho tortuoso, até a chegada do belo castelo de Unfaire. Sempre amparada pelo lindo pássaro, que sobrevoava os céus, a planar sobre a copa das árvores. A mocinha fitou os olhos ao redor do castelo e, assustou com tamanha beleza e formozura. Avistou pomares cheios de macieiras, com frutos vermelhinhos, que lhe enchiam a boca d´agua. Tratou de rapidamente levar as mãos num desses frutos. Mas antes que pudesse saborear, passou por maus pedaços. A bella foi picada pela mosca azul.
Essa mosca transforma destinos e subverte caminhos. Levando ao engodo. Ao ultraje. A miséria. Ela caiu como um lenço de voal, e com a visão totalmente deturpada foi se esvaindo. Até que o pássaro novamente lhe dirige a palavra: - o que não é nosso não pode ser tocado aqui, bella Isa. Devemos voltar a verdade, ao clã dos mortais.
Isabella abre os olhos, mas não se mexe. Passado alguns instantes, que formaram uma eternidade em sua mente, ela acorda e repara que tudo não passou de um sonho. Tresloucado mas bem paupável. Isabella, 32 anos, mora sozinha num bairro de Weestood.

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